sábado, 13 de julho de 2013

[tempo.dentro]


(1)





tempo é dentro enquanto inverno . chuva aquece o frio de minhas errâncias . também diante da vida aguardam medo e solidão . à torpe maneira se ser feliz, escolho ser azul com lume verde . deixo incandescer meus sorrisos pelo marulho de ribeirãozinho mineiro . navegam meus pés na imagem que criei em outro tempo.palavra . assomo à porta sem quintal, pronta para a paisagem lírica de incerto futuro . retoco o olhar ressabiado com marrons recolhidos de tuas noites mal dormidas . custo a crer no pacífico tom de tuas retinas saudosas . entrego-me em alma à maré de nossos pseudo.abraços . distância estende reino imperioso e tropeçamos somente na linha de seus horizontes . nuvem escandalosa brame aviso aos que nos querem esvaziados de nossas cores mestiças . em raro amanhecer aporto em rua que não se importa em esconder prata da última lua . desterro sandices em troca de novos feitiços disfarçados em arquitetura de gestos.e.toques . invento aqui brechô de sensações avulsas e que nos reinventam . 






 (2)




09 e 12.07.2013



Andréa do N. Mascarenhas Silva


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(1) FONTE DA IMAGEM: http://www.flickr.com/photos/paulamayumi/6911435410/
(2) FONTE DA IMAGEM: http://olhares.uol.com.br/pes-no-rio-coracao-nas-nuvens-foto366202.html

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