quarta-feira, 1 de maio de 2013

[de alumiá e de arribá]


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há desertos já irreversíveis] sob o sol dessa ânsia esgueiro-me . colo o rosto no vazio de outros prantos . não reconheço solidão aligeirada . de tua desconfiança alço voos previsíveis . solto tendências mortas e que teimam em sobreviver por nós . costuro barcos azuis em nuvem de franca divagação . lógica, desapareça..., deixe-me inteira e imersa em toda insensatez . mergulho sem buscar fins . anoiteço em novas manhãs quando teus cumprimentos líricos te trazem sempre mais, aqui . entendo a graça.sem.graça de te revelares em mim . quero ser eco em movimento de revés . não me contento com o que para muitos é mais que suficiente, pois o nada é potência que me basta . não sei escrever o que sou ou o que sinto, mas deixo que as palavras se.me.escapem, resistam a minha existência . não deixo brechas para pensamentos se alongarem entre meus mundos . teu pretérito.mais.que.perfeito mais.e.mais me conquista . esgueiro-me sob o peso do tempo.pau.mandado . acordo horas independentes que ainda res[is]tem em mim . ando atropelando meus próprios ventos [e quase não cessa aridez n'alma  



03.04.2013



Andréa do Nascimento Mascarenhas Silva 

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(1) Fonte da imagem: http://www.alumia-af.com/

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