intemporalidades, mar de
náuseas . incauta, ouço a chuva . primavera.invernal já brota em mim .
escuto um causo ao ler teu livro . em tantas causas nos perdemos .
apresso a calma, companheira . intento nuvens sem frio . dissipo
pensamento alheio, intrusivo: mal sabe de si . à janela me posto em
contemplação . teus infinitos azuis tocam em mim em arremedo de
insurgência – à revelia . desconto tuas vontades apenas miradas .
gestos, olhares, sentidos já não te obedecem e se rendem aos meus
arquivos . ivento tempos sugestivos em nosso universo sinestésico e tão
holográfico . aprendo contigo novas sensações forjadas em palavras
quentes . em princípio, eis a língua que abandona seu posto e já é
vista, em i.ni.magens .
15.05.2013
Andréa do Nascimento Mascarenhas Silva
------------ (1) FOTO: acervo da autora. Imagem editada através do site http://pixlr.com/
há desertos já irreversíveis] sob o sol dessa
ânsia esgueiro-me . colo o rosto no vazio de outros prantos . não
reconheço solidão aligeirada . de tua desconfiança alço voos previsíveis
. solto tendências mortas e que teimam em sobreviver por nós . costuro barcos azuis em nuvem de franca divagação . lógica, desapareça..., deixe-me inteira e imersa em toda insensatez . mergulho sem buscar fins . anoiteço em novas manhãs quando teus cumprimentos líricos te trazem sempre mais, aqui . entendo a graça.sem.graça de te revelares em mim . quero ser eco em movimento de revés . não me contento com o que para muitos é mais que suficiente, pois o nada é potência que me basta . não sei escrever o que sou ou o que sinto, mas deixo que as palavras se.me.escapem, resistam a minha existência . não deixo brechas para pensamentos se alongarem entre meus mundos . teu pretérito.mais.que.perfeito mais.e.mais me conquista . esgueiro-me sob o peso do tempo.pau.mandado . acordo horas independentes que ainda res[is]tem em mim . ando atropelando meus próprios ventos [e quase não cessa aridez n'alma