segunda-feira, 22 de abril de 2013

[apoteVozes]









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escavo restos de teus lirismos . frio mantém saudade acesa . nossos espelhos ainda se bifurcam longe de nós . pensamento corre em trilhos sorrateiros . sem portas ou janelas, lidamos com outras frentes . em bites ou velocidades.luz, ajustamo-nos em uma só polaridade . entoamos mantras sob respiração descompassada . escrevo em diálogo suspenso, quase indecifrável, não fossem as tonalidades que nos sabotam a imaginação . nossas vozes não se aquietam com palavras vãs . pulso marca tempos inconstantes, alienados fora de nós . madrugada se avizinha de temperaturas tão nossas conhecidas . pressinto no ar arquejos que produzem inéditos círculos concêntricos: flagro aqui nascimento de nossas interseções plenas em transparência . só, com a chuva que te molha a alma, e em abundância de verdes.ventos . noite traga sonhos de nosso firmamento . outonecemos para o degelo das convenções .


22.04.2013






Andréa do Nascimento Mascarenhas Silva


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(1) FONTE DA IMAGEM - http://livre-e-humano.blogspot.com.br/2008_07_01_archive.html

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