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antes da porta bater, sou toda entendimento . conjunto marcado de fim a começo . sem interseção, faço convite para outros sinais . lampejo de madrugada me obriga a teus sonhos . arqueiros, por ora, espreitam meu sono: rimam ameaças flutuantes . controlo apenas o contorno de tua presença em meus mundos . a feiticeira que fui ensinou-me matizes verde.azuis e raros polimentos de alma . corpos sentem frio de imaginação . prefiro ajudar auras que se auto.sabotam em nome de medos desgovernados . sem mistério, desobedeço a existência . apesar das circunstâncias, não deixo minguar a vontade de sorrir contigo, de pernoitar em comboio, de ser pic-nic e parque, de acordar teus crepúsculos, de velejar sem plano à luz de uma quarta-feira, de aproveitar tuas leituras enviesadas e de sempre me fazer de noite em tuas luas . empresto aura rarefeita nas chuvas sertanejas d'ainda agora . prossigo revisitada em teus instintos . agora sou minuto destoante entre teus apuros .
29 e 30 / 04 / 2013
Andréa do Nascimento Mascarenhas Silva
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(1) IMAGEM - http://contosdeumquotidiano.blogspot.com.br/2010_04_01_archive.html
"apesar das circunstâncias, não deixo minguar a vontade de sorrir contigo..."
ResponderExcluirPara muitas pessoas que amam, estes versos são espelhos...
Escreva sempre. E muito. A palavra nos devolve a fé.
Sim, querida, tb me espelho em muitas palavras e no que a vida nos solicita de revés. Bj com afeto
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