(1)
escavo restos de teus lirismos . frio mantém
saudade acesa . nossos espelhos ainda se bifurcam longe de nós .
pensamento corre em trilhos sorrateiros . sem portas ou janelas, lidamos
com outras frentes . em bites ou velocidades.luz,
ajustamo-nos em uma só polaridade . entoamos mantras sob respiração
descompassada . escrevo em diálogo suspenso, quase indecifrável, não
fossem as tonalidades que nos sabotam a imaginação . nossas vozes não se
aquietam com palavras vãs . pulso marca tempos inconstantes, alienados
fora de nós . madrugada se avizinha de temperaturas tão nossas
conhecidas . pressinto no ar arquejos que produzem inéditos círculos
concêntricos: flagro aqui nascimento de nossas interseções plenas em
transparência . só, com a chuva que te molha a alma, e em abundância de
verdes.ventos . noite traga sonhos de nosso firmamento . outonecemos
para o degelo das convenções .
22.04.2013
Andréa do Nascimento Mascarenhas Silva
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(1) FONTE DA IMAGEM - http://livre-e-humano.blogspot.com.br/2008_07_01_archive.html
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