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intemporalidades, mar de náuseas . incauta, ouço a chuva . primavera.invernal já brota em mim . escuto um causo ao ler teu livro . em tantas causas nos perdemos . apresso a calma, companheira . intento nuvens sem frio . dissipo pensamento alheio, intrusivo: mal sabe de si . à janela me posto em contemplação . teus infinitos azuis tocam em mim em arremedo de insurgência – à revelia . desconto tuas vontades apenas miradas . gestos, olhares, sentidos já não te obedecem e se rendem aos meus arquivos . ivento tempos sugestivos em nosso universo sinestésico e tão holográfico . aprendo contigo novas sensações forjadas em palavras quentes . em princípio, eis a língua que abandona seu posto e já é vista, em i.ni.magens .
15.05.2013
Andréa do Nascimento Mascarenhas Silva
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(1) FOTO: acervo da autora. Imagem editada através do site http://pixlr.com/
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