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sandálias margeiam horas caídas: nunca foram nossas . depois somos somente pés em mil rabiscos de chão futuro . entretemos saudades sem adeus . haveres sem tempo param nossos dias, sós . mensagens esvoaçantes contam-nos matérias esquecidas . futuros erigem marcos sobre nós e não há medos nesse instante . serenos e madrugadas fazem-nos reféns do lado de fora de qualquer memória que não seja a nossa . som de risco intemporal desperta esse devaneio que agora compartilhamos . havemos .
20.12.2012
Andréa do N. Mascarenhas Silva
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(1) Imagem - http://nelcycharrone.blogspot.com.br/2012_02_01_archive.html
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