terça-feira, 16 de julho de 2013

de quase(s)



(1)










de Alma

Sim
e
Quando
e
se
O
Amor
For
De
Alma



Aurora e Alvorada

vistos
De
Madrugada
Inebriados
Um.no.outro
perdidos
em
Um
Tempo



Temporais

passo
e
um
Ar
Perfumado
Avança
E
Me
Abraça
Por
Dentro
e
n’um
instante...
sou.cheiro.de.sertão.agraciado






04.06.2013



Andréa do Nascimento Mascarenhas Silva

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(1) FONTE DA IMAGEM: http://laienylarussa.blogspot.com.br/2011/05/meios-termos.html

sábado, 13 de julho de 2013

[tempo.dentro]


(1)





tempo é dentro enquanto inverno . chuva aquece o frio de minhas errâncias . também diante da vida aguardam medo e solidão . à torpe maneira se ser feliz, escolho ser azul com lume verde . deixo incandescer meus sorrisos pelo marulho de ribeirãozinho mineiro . navegam meus pés na imagem que criei em outro tempo.palavra . assomo à porta sem quintal, pronta para a paisagem lírica de incerto futuro . retoco o olhar ressabiado com marrons recolhidos de tuas noites mal dormidas . custo a crer no pacífico tom de tuas retinas saudosas . entrego-me em alma à maré de nossos pseudo.abraços . distância estende reino imperioso e tropeçamos somente na linha de seus horizontes . nuvem escandalosa brame aviso aos que nos querem esvaziados de nossas cores mestiças . em raro amanhecer aporto em rua que não se importa em esconder prata da última lua . desterro sandices em troca de novos feitiços disfarçados em arquitetura de gestos.e.toques . invento aqui brechô de sensações avulsas e que nos reinventam . 






 (2)




09 e 12.07.2013



Andréa do N. Mascarenhas Silva


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(1) FONTE DA IMAGEM: http://www.flickr.com/photos/paulamayumi/6911435410/
(2) FONTE DA IMAGEM: http://olhares.uol.com.br/pes-no-rio-coracao-nas-nuvens-foto366202.html

sexta-feira, 12 de julho de 2013

[esparsos]



 (1)




alta madrugada em que ainda não me perco . ares movediços . estilhaços variegados por pouco passam rente . última rés do chão desse meu ínterim . descubro calçadas mortas, fachadas recolhidas, ensimesmadas no tempo que não mais corre . alimento horas irredutíveis além da chama, que se faz de débil . as matinas não tardam em mim . portas se encerram ante ventos implacáveis . não recomendo esquinas previsíveis . espelho nossa fachada com tintas de humor . na ânsia de seguir nos descobrimos falhos . rodam a maçaneta e deixam escapar instante mais arredio, o que celebra silêncios desprestigiados . atravessam-me luas tristes, embebidas em puro sortilégio . amanhã casa com hoje e não só nos versos da canção, que nem chegam e nem deixam outros instantes engatilhados, somente se precipitam em novas estações .



 


31/03/2013


 
Andréa do N. Mascarenhas Silva

 

 
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(1) Foto: acervo particular da autora.